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[pano file=”moginight/virtualtour.xml”] almas penadasFotos noturnas são sempre um capítulo à parte nos manuais de fotografia. As leis da ótica, apesar de serem sempre as mesmas, parece que se invertem quando a noite cai. Os comandos e as regulagens do equipamento parecem (ainda) mais complicadas e a luz nos prega peças desconcertantes. Por outro lado, o potencial criativo e artístico da fotografia noturna parece aumentar a despeito da falta de luz solar. Durante o dia, o Sol é o grande pintor. Durante a noite, do vaga-lume à supernova, todos tem seu espaço para brilhar.

Numa enluarada e clara noite de abril de 2013, decidi fazer panoramas e timelapses do ponto mais alto da cidade de Mogi das Cruzes, o Pico do Urubú. A seguir estão os primeiros resultados e eu irei adicionando outros a medida em que ficarem prontos.

O panorama acima é a mistura de 33 fotos feitas com 3 tempos de exposição: 3 segundos, ½ segundo e 27 segundos, equivalentes a  três stops no display da câmera. O software de HDR (para esta experiência, utilizei o Enfuse) usa algoritmos que “escolhem” as áreas de melhor exposição de cada grupo de 3 fotos e gera as 11 imagens usadas na montagem do panorama 360º. Sem o HDR, dificilmente teríamos tantos detalhes nas luzes da cidade e tantas estrelas no céu ao mesmo tempo.

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O Gigapan Epic Pro montou uma matriz de 72 fotos de longa exposição (2 segundos) para registrar este panorama da vista sul do Pico do Urubu, com a lua cheia nascendo atrás da floresta.

disco voador em forma de cogumelo luminoso flutuando por cima de Brás Cubas, distrito de Mogi das Cruzes

disco voador em forma de cogumelo luminoso flutuando por cima de Brás Cubas, distrito de Mogi das Cruzes

Na noite anterior, as nuvens estavam mais baixas e havia muita névoa no pico. Optei por fazer um panorama de um ponto mais baixo, no estacionamento do Tênis Clube de Mogi. Foi um trabalho meio improvisado, porque já havia perdido muito tempo esperando o tempo melhorar no pico e não havia levado o equipamento completo. Na pressa, esqueci de retirar o filtro UV que costumo usar sobre as lentes. O resultado desse lapso foi o aparecimento de centenas de “flares” – reflexos inusitados criados pelos elementos óticos – que podem ser facilmente confundidos om fantasmas, ovnis e coisas do gênero 😛

Vejam o panorama abaixo e procurem os flares flutuando como almas penadas pelos cantos mais escuros e sinistros da cidade!

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