Há pouca, para não falar nenhuma, documentação sobre o Rio Mococa na internet. Mesmo a praia da Mococa, situada no extremo leste de Caraguatatuba, é pouco badalada e costuma ficar vazia nos lindos e ensolarados dias de inverno. O turista paulista, que costuma frequentá-la no verão, nesta época prefere se aglomerar na serra.
Voltando ao rio. Para a sorte dele, ele é pouco conhecido. Sua água gelada e cristalina brota das escarpas da serra do mar, que naquela região é muito íngreme e a mata bem preservada.
Seus quilômetros de curvas finais até a foz correm ao lado de um condomínio que, em troca da água que o abastece, zela pela sua conservação.
Em suas margens, a mata atlântica mostra toda a sua biodiversidade. Peixes, crustáceos, borboletas às centenas. Em cada detalhe dessas fotos panorâmicas, você poderá encontrar centenas de espécies vegetais endêmicas – e muitas trazidas de fora também. No ponto que eu escolhi para fotografar, havia uma touceira com incontáveis framboesas silvestres.
O rio deságua no canto da praia, num grande lago em que a água salgada do mar tenta não se misturar com a água doce.
Para registrar o Rio Mococa e os arredores, fiz panorâmicas esféricas e cilíndricas. Para não perder a viagem com deslizes de erros de exposição, fotos tremidas, ventanias e etc que comprometeriam o trabalho em um lugar de difícil acesso, fotografei usando brackets de 2 stops nas panorâmicas cilíndricas e usei o formato RAW nas fotos que fariam as as panos esféricas.